Ilheenses e turistas participam das festas religiosa e profana do Rio do Engenho

 

Nativos e turistas participaram no último domingo (29) da festa em louvor a Senhora Sant’Ana, padroeira do distrito do Rio do Engenho. Como parte da programação religiosa, às 10 horas da manhã aconteceu a procissão com a imagem da santa pelas principais ruas da localidade. Em seguida foi celebrada a missa festiva no Santuário de Sant’Ana, a segunda igreja rural mais antiga do Brasil, contando com a presença de centenas de católicos. Esse ano o tema central da festa é “Formamos a igreja missionária vivendo em comunidade”.

 

Representando o prefeito Newton Lima, participaram das festividades os secretários municipais da Educação, Lidyney Campos; Ações Regionais, Manuelito Puentes; e Turismo, Paulo Moreira. A festa contou ainda com a participação de vereadores e candidatos a prefeito e vereador. Turistas e moradores de diversos distritos, vilas, povoados e bairros de Ilhéus participaram das comemorações. Logo após a festa religiosa aconteceu a parte profana, contando com a apresentação de várias bandas regionais.

 

História – A Igreja Senhora de Santana, localizada na comunidade do Rio do Engenho, é considerada a segunda capela rural mais antiga do Brasil. Antiga sesmaria de Mem de Sá, terceiro governador-geral do Brasil, o Rio do Engenho foi a sede, a partir de 1548, do primeiro engenho de açúcar e aguardente da Capitania. Nos dias de hoje, entretanto, a maior atração da localidade é a Capela de Nossa Senhora de Sant’Ana, erguida pelos jesuítas em 1563. Segundo os historiadores, a capela é considerada uma das mais antigas de que se tem notícia no Brasil. Tanto as ruínas do engenho, quanto o santuário de Senhora Sant’Ana, se encontram tombadas pelo Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

Já Santa Ana, ou Sant'Ana, cujo nome é de origem hebraica que significa graça, pertencia à família do sacerdote Aarão e seu marido, São Joaquim, pertencia à família real de Davi. São Joaquim fora censurado pelo sacerdote Rúben por não ter filhos. Mas Sant’Ana já era idosa e estéril. Confiando no poder divino, São Joaquim retirou-se ao deserto para rezar e fazer penitência. Ali um anjo do Senhor lhe apareceu, dizendo que Deus havia ouvido suas preces. Tendo voltado ao lar, algum tempo depois Sant’Ana ficou grávida. A paciência e a resignação com que sofriam a esterilidade levaram-lhes ao prêmio de ter por filha Maria, aquela que havia de ser a mãe de Jesus.